Quando a mulher vai ao ginecologista e descobre que tem o útero retrovertido, pode experimentar um sentimento de medo e apreensão. Afinal, isso é um problema?
O útero retrovertido é assintomático, ou seja, a mulher não tem nenhum sintoma. Ela só descobre o problema após se consultar com o ginecologista e fazer exames de rotina.
Para explicar mais sobre esta condição que atinge uma em cada quatro mulheres, compartilhamos o artigo abaixo! Siga a leitura e tire suas dúvidas.
O que é o útero retrovertido?
Ter o útero retrovertido – ou reverso, revertido ou até mesmo virado, como também é conhecido – significa apenas que o órgão está posicionado no corpo da mulher virado para trás, em direção às costas e, não voltado para frente, inclinado sobre a bexiga, como acontece na maioria dos casos.
A retroversão uterina não oferece complicações e é simplesmente uma variação da anatomia. Seria o mesmo que você falar de um nariz mais empinado ou não. Não traz nenhuma complicação.
Essa condição pode ser adquirida e tem como causas:
- fatores genéticos
- o útero pode mudar de lugar durante o parto
- cirurgia pélvica
- malformação do útero na adolescência
- pouca rigidez nos ligamentos que fixam o útero aos órgãos adjacentes
- miomas
- infecções pélvicas
Muitas mulheres podem passar a vida toda sem saber que têm essa condição, que pode ser descoberta por meio de exames de rotina, como um ultrassom.
Os possíveis sintomas, se existirem, são desconforto durante a relação sexual e no período menstrual. Não havendo sintomas, não é necessário fazer nenhum tipo de tratamento.
Além disso, o útero retrovertido não impede ou dificulta a gravidez, nem traz consequências significativas durante a gestação ou qualquer tipo de parto.
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Risco aumentado de endometriose
Apesar de não causar dificuldades para engravidar, o útero retrovertido pode causar algumas condições às mulheres com esta condição.
A mulher que tem esta variação anatômica pode sentir dor na vagina durante a relação sexual, cólicas e dor ao evacuar.
Outro problema por quem tem útero retrovertido é que elas correm um risco maior de desenvolver endometriose.
Mas a doença ocorre quando o endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero que é eliminado com a menstruação) cresce em outros órgãos, fora da cavidade uterina.
Quando o útero retrovertido se soma à endometriose, aí sim ela pode vir a causar a infertilidade. Quando o endométrio cresce nas tubas e ovários há inflamação e depois ocorre um processo de cicatrização que impede o funcionamento das tubas que são responsáveis pela fecundação.
Boa parte das mulheres não sabe que tem útero retrovertido e endometriose. Algumas confundem os sintomas com a menstruação e só descobrem a condição quando tentam engravidar, mas não conseguem.
Ou seja, para reverter este quadro as mulheres devem ficar atentas aos sintomas. Entre os principais estão dor e cólica intensa e fluxo aumentado de sangue no período menstrual.
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Converse com seu ginecologista
Mas como fica claro, o útero retrovertido não é uma condição que possa impedir a mulher de engravidar. E como mencionamos, é grande o percentual de mulheres com esta condição, e que sequer sabem que ela existe.
Portanto, o mais importante é procurar tirar todas as suas dúvidas com seu ginecologista ou obstetra, além de fazer o exame pré-natal corretamente. Assim você terá uma gravidez saudável e de pleno desenvolvimento do bebê.
Esperamos que tenha compreendido o que é o útero retrovertido e, para mais informações e dicas sobre gestação e desenvolvimento do bebê, conheça nosso curso “Bebê Genial”. É só clicar no botão abaixo!